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Diabetes fez mais de 1,2 mil vítimas este ano na Paraíba

Dados da Secretaria do Estado da Saúde mostram que até outubro, só a capital já registrou 259 mortes por causa da doença.

Mais de 207 mil paraibanos possuem diabetes e, em João Pessoa, o número de diabéticos ultrapassa os 36 mil, segundo estimativa do Ministério da Saúde. Para alertar a população a respeito da doença, a Secretaria de Saúde de João Pessoa fará, amanhã, no Ponto de Cem Réis, exames de saúde e orientações para conscientização do Dia Mundial do Diabetes. A ação começa a partir das 8h30. Dentre os testes que serão realizados estão o de sensibilidade, glicemia capilar, pressão arterial, além do cuidado com os pés dos diabéticos.
Na Paraíba, até outubro deste ano, 1.204 pessoas morreram em decorrência do diabetes. No ano passado, o total de óbitos chegou a 1.787. Já em 2012, a mortalidade por diabetes foi de 1.735. Em João Pessoa, somente neste ano, até outubro, a doença vitimou 259 pessoas. Os dados foram informados pela Secretaria do Estado da Saúde (SES).
De acordo com Clécia Oliveira, coordenadora da Área de Prevenção à Diabetes da Secretaria de Saúde de João Pessoa, até abril deste ano 25.200 pessoas foram diagnosticadas com a doença e cadastradas nas Unidades de Saúde da Família (USFs) da capital. A prevenção, o tratamento e o acompanhamento do diabetes são realizados nas 181 unidades distribuídas por toda a capital. “Preferencialmente, o tratamento é feito nas USFs, mas também nos Cais (Centros de Atenção Integral à Saúde), com os casos mais complexos de tratamento”, complementou.
Para Clécia, muitas pessoas acabam apresentando sintomas por não fazer exames preventivos. “Por ser uma doença silenciosa, a pessoa que não tem o hábito de ir para o serviço de saúde vai quando já apresenta sintomas”, afirma. Clécia salienta que pessoas com fatores de risco como obesidade, sedentarismo, precedente familiar com diabetes, correm maior risco de desenvolver a doença. “É bom ir ao serviço para estar acompanhando o estado de saúde”, aconselha.
A aposentada Maria das Dores, de 60 anos, identificou o diabetes há dois anos e toma medicação regularmente. “Fiz um exame particular e deu que eu tinha diabetes. Nunca apresentei sintomas, nem tive complicação alguma de quando identifiquei para cá. Mas me trato pelo SUS (Sistema Único de Saúde), recebo toda a medicação de lá. Todos os meses faço um exame, e tenho visto sempre que está baixa (a glicose). Está 145, o normal é 100”, contou.
Atualmente, o Ministério da Saúde tem trabalhado com estimativas em cima das pessoas enfermas em todo o país, inclusive com diabéticos. Segundo Vanja Lemos, enfermeira do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da SES, o sistema que verificava a quantidade de pessoas com a doença, o Hiperdia (que agrega hipertensos e diabéticos), não apresentava dados completos. Os municípios brasileiros não eram obrigados a passar as informações. O recadastramento de um sistema para o outro continua sendo realizado. “O Ministério da Saúde agora prefere trabalhar com a estimativa de diabetes, para ficar mais próxima do real”, esclareceu.
Redação: Com Jornal da Paraíba

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