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PAI MATA AS DUAS FILHAS ENFORCADAS, FILMA E DEPOIS COMETE SUICÍDIO NO INTERIOR DO PARANÁ

Crime foi registrado na noite de ontem no Bairro Vargem Grande e chocou moradores.



Moradores da Rua Rui Barbosa, no Bairro Vargem Grande, em Pinhais (PR), ficaram chocados com um crime registrado na noite de ontem (18) em uma residência. Um pai matou as duas filhas enforcadas, filmou tudo e em seguida cometeu suicídio.
Antes de cometer o crime, Gilson Luiz Sholles, 43 anos, teria feito várias ameaças à ex-mulher. Os dois terminaram o relacionamento há aproximadamente um mês e o homem não aceitava o fim. Na tarde de ontem, moradores ouviram gritos das meninas, uma de 3 e outra de 5 anos, filhas de Gilson. Elas foram passar o dia com o pai, que morava bem próximo à casa da mãe das garotas. Apesar do barulho, os vizinhos acharam que era algo normal e pensaram que as meninas estavam brincando.
Por volta das 21h, um morador encontrou Gilson morto na entrada da casa, que ainda estava em construção. O homem não entrou na residência e chamou a Guarda Municipal de Pinhais. Quando os guardas chegaram, já foram recebidos também pela mãe das meninas, que os informou que o pai tinha ficado com as garotas o dia todo.
“Entramos na casa e encontramos Gilson morto na entrada e as duas meninas mortas cada uma em um quarto”, contou o supervisor Célio. Elas estavam, assim como o pai, penduradas, pelo pescoço, aos cabos de energia dos bocais de luz.
Notebook
Como se não bastasse a cena trágica que os guardas municipais encontraram na casa, pouco tempo depois, com a chegada da Polícia Militar e da perícia do Instituto de Criminalística, a polícia descobriu algo pior.
“Ao procurar algum vestígio do crime, do que poderia ter sido o motivo da tragédia, uma carta que fosse, encontramos um notebook ligado. No aparelho, descobrimos que esse monstro gravou a morte das duas garotas e o seu próprio enforcamento”, contou o tenente Nascimento, do 22º Batalhão da PM.
Os policiais encontraram aproximadamente cinco vídeos que mostravam, em diferentes momentos, a ação de Gilson dentro da casa. O computador foi apreendido e, junto com as imagens, deve ser analisado pela Polícia Civil.
"Monstro gravou a morte das duas garotas e o seu próprio enforcamento”, disse um tenente.
Ameaças
Logo que chegou ao local do crime, a mãe das meninas contou aos guardas municipais e aos policiais militares que o ex-marido já tinha ameaçado matar as duas filhas e, inclusive, tinha tentado matá-la. Segundo a Guarda Municipal, a mulher chegou a fazer um boletim de ocorrência na delegacia de Pinhais no dia 5 de janeiro, depois que ele a estrangulou e, por não conseguir tirar a vida da ex, ameaçou se matar, mas levar junto as duas filhas.
Do boletim de ocorrência, a Justiça deu à mãe das meninas uma medida protetiva. A decisão saiu na última sexta-feira (16), conforme informou a GM. Gilson já não poderia se aproximar da ex-mulher. Segundo vizinhos, o homem era amoroso com as filhas e vivia com elas pelo bairro. Ninguém suspeitava que seria capaz de uma atrocidade sem tamanho. Na quarta-feira (14), Gilson ficou com as garotas.
“Como tudo correu bem, neste domingo, a mãe as deixou passar um pouco do dia com o pai, ela não esperava que algo pior iria acontecer”, disse o supervisor Célio.
Para a polícia, Gilson planejou todo o crime.
Passado
O homem, segundo os moradores, trabalhava como motorista de van escolar, mas a informação não foi confirmada pela polícia. Gilson mesmo trabalhava na construção da casa em que estava morando depois do final do relacionamento.
Em outubro de 2003, internado em um hospital psiquiátrico em Piraquara, ele confessou que matou o cunhado - de um relacionamento anterior ao da atual ex-mulher-, Sérgio Nimietz, 44 anos, com um tiro na testa. O crime aconteceu na casa da vítima, na Rua Brasil para Cristo, Boqueirão. Segundo apurado pela polícia na época, Gilson, que seria um marido ciumento e possessivo, telefonava para a mulher e também fazia ameaças para que ela retornasse dos Estados Unidos, onde morava. Ele inclusive teria prometido matar toda a família de sua mulher, se ela não voltasse. Depois do crime, ele mesmo se internou no hospital psiquiátrico, sob a justificativa que era depressivo e tinha tendências ao suicídio.
Choque
Os vizinhos de Gilson ficaram em estado de choque ao saber do crime.
“Jamais imaginávamos algo assim acontecer. Principalmente com ele, que as levava para a escola sempre”, disse um homem que pediu para não ser identificado.
 “Nem sabíamos que os dois tinham separado, pois ele não demonstrava estar depressivo e nem nada”, completou. “Infelizmente é um caso que choca, que não estamos acostumados a ver, mas fica de alerta para que as mães e até mesmo pais fiquem em alerta em casos de ameaças”, alertou o supervisor Célio.
A Delegacia de Pinhais investiga o crime.
(Crédito: Paraná Online)

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