Muralha, Mão garante título Mundial do Timão sobre o Fla nos pênaltis
Em uma Arena de Copacabana lotada, mesmo com a chuva que caiu durante a madrugada no Rio de Janeiro, os torcedores puderam assistir uma final à altura do 3º Mundialito de Clubes de futebol de areia, que foi emocionante e imprevisível até o último pênalti convertido por Bruno Xavier. De um lado o Corinthians, base da seleção brasileira e favorito; do outro, o Flamengo, empurrado pela sua fanática torcida. Melhor para o Corinthians, através das mãos de Mão, que defendeu dois pênaltis (um no tempo normal e outro nas cobranças alternadas), sendo o herói do duelo, que valeu a ele os prêmios individuais de luva de ouro e o melhor jogador do campeonato.
Assim como aconteceu na partida de abertura da competição, o Timão venceu o Rubro-Negro, desta vez nos pênaltis, após empate por 3 a 3 no tempo normal e 0 a 0 na prorrogação, e conquistou o inédito título mundial. Repetindo o que aconteceu no ano passado, os rubro-negros terminaram na segunda posição. Na disputa de terceiro lugar, melhor para o Vasco, que superou o Botafogo por 3 a 1.
Héroi, Mão levanta o troféu pelo Corinthians de campeão do Mundialito de futebol de areia (Foto: Marcelo Fonseca / Agência Estado)
A decisão teve um duelo à parte entre o goleiro corintiano e Eudin, do Flamengo. Se no primeiro período, o camisa 8 rubro-negro levou a melhor, com direito a um gol e duas bolas na trave, nos dois finais coube a Mão ir à forra e fazer defesas espetaculares, além de ter tido sorte em outras duas bolas do maranhense que explodiram no seu poste. Para completar, a muralha cresceu em pênalti cobrado por Léo, ainda no terceiro tempo, e no do craque Benjamin já nas cobranças alternadas. Das quatro infrações que teve contra si em todo o torneio, o arqueiro da seleção brasileira pegou todas, feito inédito na sua carreira.
- Deus tem feito coisas maravilhosas comigo, mas o que importa que o Corinthians foi campeão do mundo e agora vamos para casa comemorar com a família - declarou o camisa um alvinegro.
Destaque do Flamengo na final e também em toda a competição, Eudin parecia não acreditar na performance do goleiro adversário.
- Parecia que ele estava com um ímã para a bola ir em cima dele, mas quando não é para ser, as coisas não dão certo. Eu mesmo chutei quatro bolas na trave, nunca aconteceu isso num jogo comigo. Parabéns para ele e para o Corinthians. Eles mereceram - disse Eudin, bola de ouro do campeonato com sete gols, incluindo os dois da final.
Apesar da manhã chuvosa no Rio de Janeiro neste domingo, a arena de Copacabana ficou lotada (Foto: Fabio Leme)
A decisão
Empolgados pela final e com a Arena de Copacabana lotada, Flamengo e Corinthians começaram o jogo a “mil por hora”, com os paulistas dominando os minutos iniciais. Uma cabeçada de Rafinha e um arremate de Bruno Xavier obrigaram Willian a fazer duas importantes defesas. O Rubro-Negro respondeu com Eudin, que atormentava o rival. Em um intervalo de tempo inferior a três minutos, o camisa 8 colocou duas bolas na trave direita de Mão. A insistência do maranhense foi recompensada restando 3m19s para o fim do primeiro tempo com um chute rasteiro, que, desta vez, entrou. A resposta dos corintianos veio na saída de bola com um arremate certeiro de Fernando DDI. Empate no placar.
Eudin enfrenta o goleiro Mão (Foto: Fabio Leme)
Corinthians vira, e Mão é destaque
O segundo tempo começou mais devagar com as equipes não querendo arriscar muito. O primeiro lance de perigo veio com o arretado Eudin, já na segunda metade do período. Desta vez, melhor para Mão. Com um chute cruzado, Rafinha respondeu em seguida. Quando o jogo caminhava para um empate no tempo final, Willian bateu roupa na frente do artilheiro André, que não perdoou e virou para os paulistas. O camisa 9 quase ampliou em seguida, após um belo voleio. Com pouco mais de dois minutos para o encerramento do período, o duelo mais visto no jogo aconteceu novamente. Eudin sofreu falta, pegou a bola, ajeitou com carinho, e soltou a varada para a defesa de Mão. No rebote, o maranhense teve mais uma oportunidade, mas parou, novamente, na muralha, que operou um verdadeiro milagre.
Como diria o ditado, quem não faz leva. E foi na mesma moeda que o Corinthians marcou seu terceiro gol. Após sofrer falta próxima da área, Bruno Xavier provou o motivo de ser considerado o melhor jogador do mundo na atualidade. Em cobrança perfeita, o jogador venceu Willian fazendo 3 a 1. Eudin ainda teve a oportunidade de descontar, mas o camisa 1 corintiano estava impossível.
André comemora o segundo gol do Corinthians na decisão do Mundialito de Clubes (Foto: Fabio Leme)
Gols de Eudin e Benjamin levam o jogo para a prorrogação; Mão pega pênaltie vira herói
O Flamengo voltou para o tempo final no tudo ou nada. Com 7m44s no cronômetro, Eudin pegou um lindo sem pulo e diminuiu a desvantagem. O gol inflamou a torcida que passou a jogar junto. Um pênalti em Léo poderia ter empatado a partida. Porém, no gol corintiano estava Mão. O camisa 1 repetiu o que já havia feito contra os cariocas na estreia e defendeu. O artilheiro da competição teve a revanche contra o arqueiro restando cinco minutos para o fim. Novamente, deu Timão. Novamente, Mão, que arrancou os gritos de “Ei, ei, ei, o Mão é o nosso Rei” dos torcedores atrás de sua meta.
Mas água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Foi assim que Benjamin venceu a muralha alvinegra com quatro minutos para o encerramento do último tempo, empatando o marcador em 3 a 3. Bruno Xavier ainda teve duas oportunidades, mas falhou na conclusão. Léo teve mais uma, mas, outra vez, Mão estava lá. A final iria para a prorrogação.
Prorrogação e penalidades máximas
Debaixo de chuva, os três minutos de tempo extra reservaram duas chances para cada lado, mas Mão e Willian foram superiores aos atacantes e garantiram que o enredo teria seu grand finale na disputa alternada das penalidades máximas. E Mão provou que a manhã era mesmo dele. Ao pegar mais um pênalti, desta vez do craque rubro-negro Benjamin, o camisa um só precisou aguardar a cobrança de Bruno Xavier balançar a rede de Willian, que chegou próximo da bola, para soltar o grito de "É Campeão".
Vídeo: Eventos Esportivos (Globo)
Fonte:Globoesporte.com
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