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ATIVISTA FICA NUA DURANTE PROTESTO PELO ABERTO EM SÃO PAULO

No Dia Internacional da Mulher, a ativista Sara Winter realizou um protesto na Avenida Paulista, em São Paulo, a favor da legalização do aborto. Completamente nua, ela se deitou na calçada da avenida, simulando uma mulher que acabou de abortar, enquanto um personagem caracterizado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, fingia agredi-la.
Sobre o parlamentar, explica-se a sua “presença” no protesto: ele já se declarou “radicalmente contra” a votação de qualquer projeto relacionado à legalização do aborto no Brasil. “Vai ter que passar por cima do meu cadáver (para votar no tema)”, afirmou Cunha em entrevista recente ao jornal “O Estado de São Paulo”.
Além do ato promovido por Sara Winter, outras mulheres realizam uma caminhada por direitos iguais entre os gêneros, neste domingo, em São Paulo. O grupo se concentrou, às 10h, na própria Avenida Paulista, e seguiu pela Rua Augusta em direção ao centro da capital. A Polícia Militar estima que 2 mil pessoas participam do ato, mesmo sob chuva.
A coordenadora da MMM (Marcha Mundial de Mulheres), Nalu Faria, disse que alguns temas persistem na luta das mulheres. “Permanece o tema [da descriminalização] do aborto e a questão da violência, não só a doméstica, mas, também, a denúncia das práticas patriarcais que permeiam o cotidiano das mulheres”. Entre essas situações, ela lembrou as denúncias recentes de estupro na USP (Universidade de São Paulo).
Amelinha Teles, da União de Mulheres de São Paulo, participa do ato com o grupo do Projeto Promotoras Legais Populares. Com faixas vermelhas nos olhos, elas destacam que o Judiciário precisa estar de olhos abertos para corrigir injustiças da sociedade. “Defendemos o acesso aos direitos”, disse Amelinha. Ela também ressalta outro tema. “Neste ano, definimos como foco o direito à água, que é fundamental para toda a humanidade”.
Band News

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