DETENTO FORAGIDO DO RIO GRANDE DO NORTE É PRESO EM SANTA RITA/PB
A Polícia Militar da Paraíba prendeu no final da tarde desta sexta-feira (5) na cidade de Santa Rita, Região Metropolitana de João Pessoa, o detento Anderson Carlos Inácio do Nascimento, de 30 anos.
Anderson estava foragido da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, a maior unidade prisional do Rio Grande do Norte. O detento, que já conseguiu escapar da cadeia seis vezes, fugiu por um túnel descoberto no sábado, dia 30 de maio.
De acordo com o comandante do 7º Batalhão de Polícia Militar, o coronel Júlio César, Anderson foi preso após praticar um assalto em uma padaria no distrito de Bebelândia. Ele fugiu, mas foi preso em flagrante pela polícia quando tentava se esconder em um canavial.
Segundo a polícia, o detento disse que morava na cidade de Rio Tinto, mas após investigar a polícia descobriu que se tratava de um foragido da penitenciária do Rio Grande do Norte. Anderson Carlos Inácio do Nascimento foi autuado em flagrante por roubo e levado para a Penitenciária de Santa Rita onde aguarda transferência para o estado vizinho.
Fugas
Em contato com o G1, o juiz Henrique Baltazar, da Vara de Execuções Penais, enumerou a série de fugas do apenado. Segundo o magistrado, Anderson Carlos foi preso no dia 17 setembro de 2004 após cometer um furto. O procedimento foi instaurado pela comarca de Tibau do Sul, no litoral potiguar. Pelo crime, o preso acabou condenado a pouco mais de 4 anos de cadeia.
Em contato com o G1, o juiz Henrique Baltazar, da Vara de Execuções Penais, enumerou a série de fugas do apenado. Segundo o magistrado, Anderson Carlos foi preso no dia 17 setembro de 2004 após cometer um furto. O procedimento foi instaurado pela comarca de Tibau do Sul, no litoral potiguar. Pelo crime, o preso acabou condenado a pouco mais de 4 anos de cadeia.
A primeira fuga de Anderson Carlos aconteceu no dia 1º de junho de 2007, sendo recapturado no dia 3 de março de 2009. Na ficha, ainda segundo o juiz, não consta de qual unidade ele escapou. “Apenas aparece a informação que ele fugiu, tendo sido recapturado dia 3 de março de 2009”, afirmou.
Em 16 de janeiro de 2010, já encarcerado em Alcaçuz, nova fuga. Na ocasião, além de Anderson, outros 14 presos escaparam por um túnel escavado entre as guaritas 6 e 7. O apenado acabou recapturado e retornou à penitenciária quatro dias depois.
No dia 4 de maio, Anderson se junta a outros seis apenados, reabrem o mesmo túnel escavado em janeiro e escapam. Mas, desta vez, ele não vai muito longe. É logo encontrado e retorna à prisão. Poucos dias depois, em 23 de junho, o preso mais uma vez se manda de Alcaçuz. E, novamente, escapa por um túnel. Fugiram ele e mais quatro detentos. Anderson foi recapturado seis dias depois. Ele foi preso no bairro do Alecrim, em Natal, logo após roubar uma padaria.
Em 28 de setembro de 2011, Alcaçuz registra mais uma debandada de presos. Nove ao todo. E quem aparece na lista? Exatamente ele: Anderson Carlos Inácio do Nascimento. À época, a direção informou que os detentos conseguiram fugir por um túnel que já havia sido. Por causa da falta de uma retroescavadeira, o buraco acabou ficando parcialmente aberto, o que possibilitou a nova fuga.
A última escapada de Anderson Carlos foi histórica. Aconteceu no dia 19 de janeiro de 2012. Até hoje, a maior já registrada em Alcaçuz. Ao todo, fugiram 41 apenados. A debandada aconteceu no então denominado Pavilhão 5. Posteriormente, a unidade foi transformada em um anexo da penitenciária e acabou rebatizada, passando a ser chamada de Presídio Rogério Coutinho Madruga.
Aproximadamente 140 homens estavam detidos no pavilhão. No fim da noite, os detentos de uma das alas conseguiram abrir as celas. Estranhamente não havia cadeados. Depois disso, os presos fizeram uma espécie de torre humana e escalaram até as grades colocadas na parte superior do solário. Em seguida, usaram serras para abrir um buraco na estrutura, por onde tiveram acesso à parte superior do pavilhão. A partir daí, eles usaram uma corda feita de lençóis emendados e saíram da ala. Após deixar o pavilhão, o grupo arrancou uma escada de ferro que estava pregada na estação de tratamento do presídio e usou a estrutura para escalar o muro com mais de cinco metros de altura, tendo acesso à área externa da penitenciária.
Do G1 PB
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