Bolt põe Jamaica nas costas, voa no 4x100m e festeja com dança russa
Como ter a exata noção de uma lenda? Quando Usain Bolt, espremido por rivais nas raias ao lado, dispara como se estivesse sozinho, a visão se torna clara. Por ora, não há quem o pare. Quieto, com a mão esticada, o jamaicano recebeu o bastão de Nickel Ashmeade e correu. Se o ouro parecia distante ali, o Raio deixou tudo simples. Como se fosse fácil, voltou a deixar todos para trás e garantiu a vitória para o revezamento 4x100m de seu país. É a terceira conquista do astro em Moscou, o que lhe dá o posto de maior nome do atletismo de todos os tempos em números. No total, são dez medalhas, sendo oito douradas e duas prateadas. Deixou para trás ninguém menos que Carl Lewis, seu desafeto declarado, com o mesmo somatório, mas com um bronze no lugar de uma das pratas. Mas Bolt nem parece se importar com currículo. No ato final de uma passagem apoteótica pela Rússia, homenageou a torcida com a dança tradicional da casa, ainda que pensasse ser um ritmo escocês. Fez graça, como de costume, e agradeceu.
- Não estou certo de onde vem essa dança. Acho que é alguma coisa escocesa. Veio com o ritmo e saiu (risos).
Ao lado de Bolt, Nesta Carter, Kemar Bailey-Cole e Nickel Ashemeade conquistaram o ouro, com 37s66. Os Estados Unidos, que dominaram as três primeiras partes da prova, voltaram a falhar na passagem final do bastão. Justin Gatlin lutou, mas ficou longe de parar o homem mais rápido do mundo. A prata veio com o tempo de 37s66, seguido pela Grã-Bretanha, com o tempo de 37s80. Os britânicos, no entanto, foram eliminados. O Canadá, então, subiu ao pódio para o bronze, com 37s92.
Os americanos se apresentavam como principais rivais e logo mostraram por que. No início, não houve quem alcançasse Charles Silmon. O velocista dos EUA disparou, abrindo vantagem para Mike Rodgers. Quando Rakieem Salaam se aproximava de Gatlin para a passagem de bastão, uma pequena falha diminuiu os passos dos líderes. Foi quando Bolt pôs a prova no bolso.
Os americanos se apresentavam como principais rivais e logo mostraram por que. No início, não houve quem alcançasse Charles Silmon. O velocista dos EUA disparou, abrindo vantagem para Mike Rodgers. Quando Rakieem Salaam se aproximava de Gatlin para a passagem de bastão, uma pequena falha diminuiu os passos dos líderes. Foi quando Bolt pôs a prova no bolso.
Com a tranquilidade de quem corre para si próprio, Bolt disparou. Na primeira passada, espremido pelos rivais ao lado, enrolados com a passagem de bastão, o jamaicano tomou a liderança. E não houve mais quem o alcançasse. O Raio voltou a cair no estádio Luzhniki. Pela terceira vez, o homem mais rápido do mundo adicionou ainda mais brilho ao posto de lenda.
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