Com gol de Obina no fim, Bahia vence a Portuguesa no Canindé
Visitante acaba com jejum de quatro jogos sem triunfos. Anfitriã perde mais uma nos minutos finais e agora tem missão dura em Salvador
Fim de jejum. Após quatro jogos, o Bahia volta a conquistar uma vitória. E suada. Aos 45 minutos do segundo tempo, Obina testou para o fundo da rede e ajudou o Tricolor a derrotar a Portuguesa por 2 a 1, nesta quinta-feira, em um vazio Canindé - com somente 1.178 pessoas -, pela segunda fase da Copa Sul-Americana. Wallyson havia aberto o placar para os visitantes, e Carlos Alberto empatou, no início do segundo tempo.
Antes do jogo de volta, porém, ambos têm compromissos pelo Brasileirão, prioridade declarada dos dois times. Na zona de rebaixamento do torneio nacional, a Portuguesa visita o campeão da Libertadores, Atlético-MG. Já o tricolor baiano, que está em décimo lugar, recebe o ameaçado Náutico – e, dependendo do resultado, pode acabar ajudando a Lusa.As equipes voltam a duelar na próxima quarta-feira, na Arena Fonte Nova. Em casa, o Bahia joga pelo empate ou uma derrota por até 1 a 0, e a Lusa precisa de uma vitória por pelo menos dois gols de diferença para avançar
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Bahia faz do Canindé a sua casa
A reestreia da Portuguesa em uma competição sul-americana após 16 anos não teve o glamour que se esperava. Às 22h de uma quinta-feira, o Canindé estava praticamente vazio e, por vezes, a torcida do Bahia se sobressaía em relação aos donos da casa. A Lusa entrou em campo vaiada, enquanto os rivais foram saudados com festa pelo lado visitante das arquibancadas.
O desinteresse do torcedor rubro-verde é consequência da prioridade feita pela direção e pela comissão técnica da Portuguesa. Manter-se na elite do Brasileiro é o mais importante e, por isso, o time foi escalado com reservas. Mesmo assim, a Lusa conseguiu levar perigo, principalmente pela direita, onde Correa, bastante criticado na última partida, fazia os lançamentos. Outro criticado, Cañete teve a melhor chance do primeiro tempo para os anfitriões, mas desperdiçou.
O pensamento do Bahia também estava no Brasileiro, já que não vence pelo torneio há quatro jogos. Entretanto, em situação mais confortável do que a Portuguesa, foi com um time misto ao Canindé. A surpresa ficou por conta da escalação de Obina, no lugar de Fernandão. E o atacante participava bem das jogadas ofensivas.
O goleiro Gledson, que virou reserva de Lauro durante a temporada e, assim, não entrava em campo há mais de dois meses, parecia um pouco inseguro e rebateu algumas bolas para a área. Ele, porém, não teve o que fazer quando, já aos 40 minutos, Wallyson recebeu de Feijão, cortou a marcação e mandou para o fundo da rede. Festa da torcida baiana, que fazia do Canindé a sua casa.
Reação da Lusa é apagada com mais um gol sofrido no fim
Contratado no início da semana, Carlos Alberto não precisou de muito tempo para conhecer a torcida da Portuguesa. Na saída do intervalo, o ex-jogador do Atlético-PR foi bastante xingado pelos poucos torcedores que estavam localizados próximos aos vestiários. Mas ele pôde se redimir.
Carlos Alberto voltou para o segundo tempo, assim como o outro recém-contratado Bergson, que substituiu Magal. A troca surtiu efeito e só deu Lusa nos primeiros minutos. O Bahia, por sua vez, assistia a tudo passivamente e só ultrapassava o meio-campo em raros lances de contra-ataques. Não demorou, então, para a Portuguesa igualar o placar: Cañete fez grande jogada pela direita e chutou, o goleiro Marcelo Lomba deu rebote, e o contestado Carlos Alberto empurrou para a rede.
O gol abriu a partida, já que o empate pouco interessava para ambos. Passou a ser lá e cá: a Portuguesa chegava com perigo pelas laterais, enquanto o Bahia respondia em lançamentos. E foi numa bola levantada na área que o lado tricolor do estádio voltou a sorrir. Em cobrança de falta, aos 45 minutos, Gledson saiu mal do gol e Obina testou para a rede. A torcida baiana, então, se despediu cantando: "O Canindé é nosso". E a Lusa voltou a sofrer um gol nos minutos finais...
Fonte: Globoesporte.com
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