Pupilo de Cuca, Wallyson não teme pegar o Atlético-MG no Independência
Atacante contabiliza gols importantes contra o Galo e diz que, dentro de campo, o Bahia pode equilibrar as coisas mesmo jogando fora de casa
Estádio acanhado, o Independência virou um adversário extra para os times que têm como missão enfrentar o Atlético-MG em Minas Gerais. Por 38 jogos, o Galo se manteve invicto em casa, sequência que proporcionou a criação da frase ‘caiu no Horto, está morto’ e a mística de que, em seus domínios, o Alvinegro era imbatível. A arena virou motivo de preocupação para diversos rivais no Campeonato Brasileiro. No entanto, um jogador em especial não tem qualquer receio de atuar em Belo Horizonte. Velho algoz da equipe atleticana, Wallyson troca o medo do Independência pela ansiedade de encarar mais uma vez o Galo, time que ele se acostumou a ter pela frente nos tempos de Cruzeiro.
Wallyson marcou gol no Independência no ano
passado (Foto: Divulgação/EC Bahia)
passado (Foto: Divulgação/EC Bahia)
Inimigo íntimo do Atlético-MG, Wallyson faz questão de deixar claro que a mística do Independência não o assusta. Para o atacante, que no ano passado marcou um gol no estádio durante um clássico mineiro válido pelo Brasileirão, o Bahia pode dar muito trabalho para o Galo em Minas Gerais. Para isso, o Tricolor precisará se adaptar rapidamente às características do campo e atacar para evitar que o Alvinegro tome conta da partida desta quarta-feira.
- Eles estão vivendo um bom momento no estádio deles. Eles criaram essa frase ‘caiu no Horto, está morto’, que ficou muito conhecida durante a Libertadores. Mas nossa equipe não liga para isso. É 11 contra 11. A equipe deles sabe jogar naquele estádio, acharam uma forma muito complicada para marcar. Mas o professor Cristóvão [Borges, técnico do Bahia] conversou com nossa equipe. Precisamos estar descansados, o jogo é muito rápido, o campo é baixo, a bola corre mais. Temos que jogar na frente, se ficar atrás vai ser complicado. Precisamos marcar as principais jogadas dele – declarou o atacante.
Além de conhecer bem o Atlético-MG e o Independência, Wallyson também tem um grande amigo no Galo. O atacante tricolor considera o técnico Cuca um dos grandes responsáveis pelo bom futebol que apresentou na época em que defendia o Cruzeiro. Contudo, nesta quarta-feira, os dois estrão de lados opostos, e Wallyson não pretende poupar o antigo professor.
- O Cuca é um cara a quem agradeço muito. Ele teve uma parte muito importante no meu futebol, no Cruzeiro, onde vivi os melhores momentos de minha carreira. Só tenho a agradecer a ele. Fico contente pelo momento que ele está passando. Mas vou passar o jeito que ele gosta de jogar, como gosta de montar as equipes, para o Cristóvão. Fora isso, só tenho a agradecer a ele. Tem que ter respeito. É um cara que merece – comentou.
Hoje adversário do Atlético-MG, Wallyson conta que por muito pouco não virou jogador do Galo. O jogador diz que, em 2011, recebeu uma proposta para deixar o Cruzeiro e reforçar o Alvinegro. A negociação, no entanto, não evoluiu.
- O Atlético-MG me procurou, procurou meu empresário. A gente conversou. Estava no Cruzeiro ainda, em 2011. Falei que não aceitava por respeito ao Cruzeiro. Mas já passou. Agora é focar no meu trabalho – concluiu o jogador, que já marcou um gol com a camisa tricolor.
Como inspiração para a partida desta quarta-feira, às 19h30m (horário de Brasília), pela 14ª rodada da Série A, o atacante tricolor tem gravado na memória um gol decisivo marcado contra o Galo. Em 2011, Wallyson balançou as redes contra o Atlético-MG na final do Campeonato Mineiro e ajudou o Cruzeiro a conquistar o título estadual em cima do maior rival.
- O primeiro gol da final, que a gente deu 2 a 0 no Campeonato Mineiro, aos 36 minutos do segundo tempo. Puxei para dentro e acertei o contrapé do Renan. Precisávamos da vitória para sermos campeões. Começamos bem a partida e terminamos bem. Foi um gol importante para minha carreira, mas é passado. Estou no Bahia e quero agora ajudar o Bahia com os gols – afirmou o jogador.
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