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Ceni e Aluisio brilham e São Paulo avança com vitória suada no Chile


Aloísio fez seu melhor jogo pelo São Paulo, mas o nome da vitória por 4 a 3 sobre a Universidad Católica, em Santiago, foi Rogério Ceni. O goleiro, de 40 anos, fez pelo menos cinco defesas impressionantes, calando o lotado estádio San Carlos de Apoquindo (os 13 mil ingressos foram vendidos antecipadamente) e garantindo a classificação tricolor às quartas-de-final da Copa Sul-Americana - o São Paulo luta pelo bicampeonato.
- Fiz boas defesas, mas acho que nada se compara ao (jogo do) Mundial de Clubes (contra o Liverpool), porque aquilo é a maior honra para a história de um clube, um título mundial - disse Ceni, à Fox, logo após o jogo.
Aloísio comemoração jogo São Paulo e Universidad Catolica (Foto: AP)Aloísio comemora com a já tradicional voadora (Foto: AP)
É verdade que o goleiro só pôde brilhar tanto assim por conta dos muitos erros do setor defensivo. Paulo Miranda, Rafael Toloi, Edson Silva, Douglas e os volantes Denilson (depois Wellington) e Rodrigo Caio se mostraram perdidos na maior parte do jogo. A Católica passou boa parte do tempo no campo do Tricolor - fez três gols e só não marcou mais justamente graças ao goleiro tricolor. E até por conta de toda essa ofensividade, o time chileno acabou dando espaço para os contra-ataques. Foi aí que brilharam Aloísio (com dois gols e uma assistência) e Ganso (duas assistências, mas uma expulsão no fim que complica o time para as quartas de final).
O São Paulo pegará o vencedor de Nacional de Medellín e Bahia, que se enfrentam nesta quinta-feira, na Fonte Nova. No primeiro jogo, o time colombiano venceu por 1 a 0, em casa.

Martinez e Aloisio Universidad Católica x São Paulo (Foto: AP)Agora, o Tricolor parte para seu terceiro jogo como visitante na semana, o segundo pelo Campeonato Brasileiro. Depois de vencer o Bahia por 1 a 0 em Salvador, chegando a 40 pontos, o Tricolor encara o Internacional, domingo, em Caxias do Sul. Se ganhar novamente, fica perto de afastar de vez o fantasma do rebaixamento. 
Martinez e Aloisio, em disputa de bola no jogo entre Universidad Católica e São Paulo (Foto: AP)
Ritmo alucinante
O jogo começou parecendo futsal. A cada 30 segundos, alguém se via em condições de cortar e bater para gol. Em 25 minutos, o placar já apontava 2 a 2 - isso sem falar numa bola no travessão de Aloisio e outra afastada em cima da linha por Maicon, em chute de Sosa. Mirosevic e Castillo também criaram boas chances.
A Universidad Católica foi melhor durante toda a primeira etapa, não só por conta da qualidade de sua dupla de ataque (Sosa e Castillo, com cabelo à la El Shaarawy), mas também pelo nervosismo de alguns são-paulinos, como Paulo Miranda (improvisado na lateral direita) e Douglas (na esquerda).
O primeiro gol saiu aos 16, quando o volante Tomás Costa pegou na intermediária, passou por Rodrigo Caio e Paulo Miranda, e trombou com Toloi. A bola sobrou para Sosa, livre, bater colocado, à esquerda de Rogério Ceni. A resposta veio dois minutos depois. De costas para o zagueiro, numa jogada típica de pivô de futsal, Aloísio recebeu de Maicon, girou sobre o marcador e bateu na saída do goleiro.
O jogo continuou a 100km/h. Aos 22, Douglas escorregou e proporcionou contra-ataque para a Católica. Após boa troca de passes, Cordero recebeu na esquerda e chutou forte, deixando os donos da casa novamente à frente no placar. Não deu nem tempo para comemorar. No minuto seguinte, Ganso fez bela enfiada para Aloísio, que cortou o goleiro Toselli e tocou para o gol vazio.
Aloísio comemoração jogo São Paulo e Universidad Catolica (Foto: AP)Aloísio comemora um de seus dois gols pelo São Paulo contra a Universidad Católica (Foto: AP)
As chances de gol não paravam de surgir. Aloísio ainda criou outra boa finalização girando como pivô, mas eram os chilenos quem tinham maior volume de jogo. Nos 15 minutos finais, a Católica ocupou todo o campo do São Paulo, encurralando o time paulista. Foram pelo menos quatro oportunidades claríssimas de gol - uma na trave, uma salva em cima da linha por Maicon e duas grandes defesas de Ceni.
Ceni pega tudo, e Tricolor mata nos contra-ataques
Diante do volume de jogo apresentado pela Católica, Muricy resolveu mexer no time - trocou um apático Denilson por Welllington, mais "pegador". A missão era colar no armador Mirosevic, que teve muito espaço no primeiro tempo. Mas a Católica continuou deitando e rolando. E a batata estourava sempre em Ceni.
Numa atuação como há muito tempo não se via, o goleiro, que já havia feito duas grandes defesas no primeiro tempo, espalmou de forma impresssionante um chute à queima-roupa de Sosa, aos 5. O estádio San Carlos de Apoquindo, lotado, ficou em silêncio.
A partir daí, como se movido pela segurança de seu goleiro, o São Paulo melhorou. O time, finalmente, encaixou a marcação. E se cercou para apostar apenas nos contra-ataques. Deu certo. Aos 19, Aloísio fez a assistência para Ademilson (em posição irregular) bater na saída do goleiro: 3 a 2.
A Católica partiu para o desespero. E Ceni voltou a aparecer, em nova defesaça, desta vez em chute de Cordeiro, aos 23. No minuto seguinte, porém, o árbitro paraguaio Antonio Arias viu um pênalti de Douglas em Sosa. Mirosevic converteu e recolocou o time chileno no jogo.
Foi quando Ganso apareceu. O meia passou a ditar o ritmo tricolor. E Welliton mostrou estrela. O atacante, que entrou no lugar de Aloísio, cansado, recebeu bom passe do camisa 8 e tocou por baixo do goleiro Tosselli, garantindo a vitória e a classificação. A nota negativa foi a expulsão de Ganso nos acréscimos, em desentendimento com Muñoz. Nada que ofusque, porém, a grande atuação de Ceni.
Welliton gol São Paulo (Foto: AP)Welliton comemora o gol da vitória do São Paulo (Foto: AP)Fonte:Globoesporte.com

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