Dracena destaca papel de veteranos na briga por mudanças no calendário
Zagueiro e capitão do Santos faz parte do movimento Bom Senso F. C. e torce para que causa ganhe adeptos também entre jogadores mais jovens
Edu Dracena tem 32 anos e uma história de sucesso no futebol brasileiro. Depois de surgir com destaque no Guarani, colecionou boas passagens por Olympiacos, da Grécia, Cruzeiro e Fenerbahçe, da Turquia, até chegar ao Santos, onde é capitão e grande líder do elenco. Um dos mais experientes do Peixe, ele é também um dos mais empenhados do clube na batalha por um calendário mais saudável. Para o veterano, o papel dos jogadores mais velhos na condução do Bom Senso F. C. merece elogios.
- A gente confia bastante no movimento. Se não for com esses jogadores experientes que estão quase no fim da carreira, não vai mais. São jogadores de índole impressionanete, de caráter indiscutível e que estão pensando em um futuro não para eles - porque daqui a pouco vão parar -, mas para os jovens - destaca o zagueiro santista.
Porta-voz do movimento dentro do elenco alvinegro, Dracena lista uma série de motivos para torcer pelo sucesso da empreitada do Bom Senso F. C.
- Você não tem tempo para treinar, descansar e corrigir os erros. Isso acaba atrapalhando o espetáculo. A culpa não é só disso. Mas o times acabam ficando igualados - enumera o camisa 2 do Santos.
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Embora destaque o papel dos veteranos e a importância do movimento, Edu Dracena alerta que as reivindicações não podem ficar sob a responsabilidade apenas de jogadores experientes como Paulo André (Corinthians), Cris (Vasco), Dida (Grêmio), Juninho Pernambucano (Vasco) e Seedorf (Botafogo).
- Tomara que o pessoal abrace essa ideia. É desumano jogar quase três meses quarta e domingo e ter rendimento de alto nível. Enquanto não mudar o calendário, o futebol vai cada vez mais piorar. Aí vão falar que a qualidade técnica está baixa - alerta.
Enquanto tenta ampliar a discussão e conseguir mais adesões, o Bom Senso F. C. articula com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) alterações no calendário para breve. Há pouco menos de duas semanas, representantes do movimento se encontraram com o presidente da entidade, José Maria Marín, e o vice, Marco Polo del Nero. Na ocasião, os jogadores fizeram as seguintes exigências: 30 dias de férias; um período de pré-temporada adequado; o máximo de sete jogos a cada 30 dias; a implantação do fair play financeiro em 2015; e atletas, treinadores e executivos devem fazer parte do conselho técnico das competições e entidades. Eles também pedem que as datas Fifa sejam respeitadas.
Fonte:Globoesporte.com
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