De heróis a turistas: uma análise das contratações da dupla Ba-Vi em 2013
Nesta temporada, Bahia e Vitória vão com sede ao pote no mercado e contratam 50 atletas: o Leão trouxe 28, enquanto o Tricolor contratou 22
Chegadas e partidas. A cada temporada no mundo do futebol, a maioria dos clubes brasileiros prefere repetir a fórmula. Contrata-se aos montes ao longo do ano e, no fim da temporada, o que sobra é um clube sem base para o ano seguinte, com poucos remanescentes.
No caso de Bahia e Vitória, não foi diferente. Ao longo de 2013, a dupla foi às compras em atacado e encheu o carrinho com números suficientes para realizar um torneio quadrangular com direito a seis reservas a serem divididos entre as quatro equipes formadas. No total, 50 jogadores foram contratados pelos baianos nesta temporada. O Vitória foi com mais sede ao pote e fechou com 28 novos atletas, enquanto o Bahia foi responsável por levar 22 caras novas para o futebol baiano.
A janela de transferência do futebol brasileiro foi encerrada no último dia 4. A partir de então, mais ninguém pode chegar. No máximo, os clubes podem se desfazer de atletas. No entanto, a dez rodadas do final do Brasileirão, os elencos atuais não devem ter perdas.
Diante de tantos jogadores contratados neste ano, apostas equivocadas eram previsíveis. E assim foram nomes como Thuram, Pablo, Rosales, Cardoso, Marcos e Giancarlo. No entanto, nem só de espinhos viveu a colheita da bola na Bahia em 2013. Nomes como Escudero, Maxi, Cáceres, Wallyson, Marquinhos Gabriel e Rafael Miranda fazem a enorme lista de reforços ter sentido.
O GloboEsporte.com analisou as contratações das equipes baianas para a temporada e, a partir daí, separou em grupos aqueles que se tornaram decisivos, os que ajudaram, as decepções e quem veio a passeio.
VITÓRIA: Dos 28 contratados em 2013, seis se tornaram titulares absolutos com papel decisivo em determinados momentos da temporada.
Juan: Último dos 'decisivos' a chegar no clube, o experiente lateral-esquerdo voltou a fazer boas atuações e assumiu a responsabilidade de líder em momentos importantes deste segundo turno de Campeonato Brasileiro, ajudando o Vitória a conquistar triunfos essenciais.
Maxi Biancucchi: Decisivo nos Ba-Vis e durante todo o Campeonato Baiano, Maxi começou o Brasileirão voando. Autor de oito gols, o argentino chegou a liderar a artilharia do torneio nacional, mas se machucou e está fora do time desde o fim de agosto.
Escudero: Coração do equipe do Vitória na temporada, Escudero é sinônimo de segurança dentro de campo. Decisivo no estadual, o argentino começou bem o Brasileiro, mas sofreu com uma lesão muscular e ainda teve enfrentar uma suspensão de 30 dias por conta do uso de medicamento proibido. De volta, é peça fundamental no esquema de Ney Franco.
Cáceres: Menos badalado dos três gringos contratados no começo do ano, Luíz Cáceres é o mais regular. De poucas lesões, o volante, que também pode atuar como meia, ficou fora de poucas partidas na temporada.
Wilson: Contratado sob desconfiança para fazer sombra a Deola, o camisa 1 agarrou a oportunidade, depois da grave lesão que tirou o ex-titular dos gramados por mais de três meses. Líder nato, Wilson superou momentos de baixa para se firmar no Rubro-Negro baiano.
Renato Cajá: Maestro do Vitória no primeiro semestre, Renato Cajá teve papel importante no título estadual. No entanto, após um bom começo de Série A, o meia tem oscilado bastante em suas atuações, mas continua como peça diferenciada no elenco. Nos seus dias de maior inspiração, o Leão mostra sede por grandes resultados.
BAHIA: Dos 22 contratados em 2013, cinco se tornaram titulares absolutos com papel decisivo em determinados momentos da temporada.
Wallyson: Atacante rápido, Wallyson se tornou titular em pouco tempo. Apesar de contestado no começo, o jogadpr logo ganhou a vaga de Anderson Talisca. Atuações seguras e ousadas, além de assistências fundamentais para grandes triunfos, fizeram de Wallyson uma das contratações que decidem.
Rafael Miranda: Mesmo sem ser titular absoluto desde que chegou ao Bahia, Rafael Miranda tornou-se uma válvula de escape do time que passou a ousar com três atacantes, mas sem perder os tradicionais três volantes. Atuações seguras, como no Ba-Vi vencido pelo Bahia, na Fonte Nova, fizeram de Rafael mais um dos decisivos da equipe de Cristóvão Borges.
Lucas Fonseca: O zagueiro que já tinha defendido o Bahia voltou ao Tricolor no começo do ano e foi determinante para trazer de volta a confiança ao companheiro de defesa, Titi. Atuações quase sempre seguras fizeram de Lucas fator importante no sistema defensivo da equipe.
Marquinhos: Cérebro do time, Marquinhos é o motor do Bahia na Série A. Autor de gols importantes, o jogador é quase sempre o único meia de ligação da equipe, por isso, a bola passa sempre pelos seus pés antes de ganhar as redes dos adversários.
Fernandão: Contratado depois de Joel Santana assistir a um vídeo com seus melhores momentos, Fernandão chegou para ser terceiro reserva no Bahia, atrás de Souza e Obina. No entanto, o atacante precisou de pouco tempo para conquistar a vaga no time titular. Na Série A, o jogador já marcou 12 gols e se tornou o maior artilheiro tricolor na era dos pontos corridos.
Chegados recentemente ou mesmo desde o começo da temporada, alguns jogadores tiverem papel de coadjuvantes. Se não chegaram a ser decisivos, também não decepcionaram.
VITÓRIA
Luiz Gustavo: Contratado a pedido de Ney Franco, o jogador se adaptou rápido. Além de volante, já atuou como lateral e zagueiro.
Alemão: Chegou na reta final da janela, marcou um gol importante contra o Vasco e ajudou o Vitória a somar pontos decisivos.
Ayrton: Depois de muitos problemas com lesões e baixo rendimento na lateral direita, Ayrton encaixou como uma luva no time do Vitória. A qualidade da bola parada ainda deu à equipe uma nova arma.
Vander: 12º jogador do time durante boa parte da temporada, o atacante ajudou o Vitória em muitos momentos decisivos. Ao longo do ano, foram três gols com a camisa rubro-negra.
Luís Alberto: Titular absoluto no começo da temporada, Luís Alberto sofreu com seguidas lesões, mas não perdeu a importância no grupo.
Fabrício: Com a saída de Gabriel, Fabrício assumiu a posição de titular. Apesar dos altos e baixos, tinha vaga certa no time até se machucar e perder o restante da temporada.
William Henrique: Depois de rodar por alguns clubes por empréstimo, o jogador voltou ao Vitória já no segundo turno do Brasileirão e passou a ser uma espécie de talismã do Rubro-Negro.
BAHIA
William Barbio: Atacante veloz, Barbio encaixou no esquema de Cristóvão Borges. Foi responsável por importantes assistências e ainda balançou as redes adversárias.
Fabrício Lusa: Importante no meio-campo, Lusa tornou-se uma importante peça para alterações no esquema do Bahia, já que também pode jogar como lateral.
Raul: Contratado junto ao Vitória da Conquista, o lateral-esquerdo assumiu a posição de titular e não se acanhou em enfrentar grandes equipes.
Obina: Apesar de longe da sua melhor forma, o atacante fez um campeonato estadual regular, mas ajudou o Bahia sempre que teve oportunidade na Série A. Obina ainda marcou gols importantes, como o do triunfo sobre o Botafogo no Maracanã.
Vitória: Elizeu, Daniel Borges, Danilo Tarracha, Kadu, Pedro Oldoni e David Braz.
Bahia: Angulo, Adriano Michael Jackson, Paulo Rosales, Douglas Pires, Diego e Demerson.
Vitória: Camacho, Rômulo, Giancarlo, Marcos, Lucio Maranhão, Cardoso, Fernando e Renato Santos.
Bahia: Potita, Freddy Adu, Pablo, Magal, Thuram, Brinner e Toró.
*Deu azar
Vitória - André Lima: Contratado para ser o dono da camisa 9, André Lima se machucou gravemente no seu primeiro jogo pelo Vitória, em julho, e só volta aos campos em 2014.
Fonte:Globoesporte.com
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