Flu e vitória ficam no empate no Barradão

O Vitória jogou o suficiente. Não tão decepcionante como foi contra a Portuguesa, apesar da vitória por 2 a 1, na última rodada, mas menos eficiente em termo de resultado: 1 a 1 na noite desta quarta-feira, no Barradão, pela 12ª rodada do Campeonato Brasilerio. Em um jogo com uma chuva de passes errados do Fluminense (37 ao todo), em um deles os rubro-negros aproveitaram o presente de Felipe e, após tabela com Escudero, Maxi Biancucchi, novamente artilheiro isolado, fez seu oitavo gol na competição. Mas o Leão recuou no segundo tempo, chamou o Flu para o campo de ataque e foi punido. Depois de salvar alguns lances, o goleiro Wilson falhou e deixou Fred livre para empatar e se recuperar do pênalti perdido contra a Ponte Preta. 

Com o resultado,  os baianos deixaram de entrar no G-4, agora com 19 pontos. Os cariocas seguem na zona intermediária (14 pontos), mas com o respaldo de ainda não terem perdido sob o comando do técnico Vanderlei Luxembrugo - uma vitória e dois empates.

O Tricolor volta a campo no próximo domingo, às 16h (horário de Brasília), para o primeiro Fla-Flu no Maracanã após a reabertura do estádio para os clubes. O Vitória visita o Corinthians, no mesmo dia e horário, no Pacaembu.

Presente para o artilheiro

Antes mesmo de a bola rolar, o técnico Caio Júnior avisara que as entradas de Gabriel Paulista no lugar de Daniel Borges, na lateral direita, e Camacho na vaga de Renato Cajá, no meio, eram para tentar não repetir a exibição contra a Portuguesa, na última rodada, o que chamou de “pior jogo”. As trocas não foram as únicas providências.

O Vitória entrou em campo ligado nos 220 volts. A pressão já no campo de ataque deu certo. Parece ter deixado a defesa tricolor atordoada. Um punhado de passes errados, bolas de bandeja para o adversário... Numa delas, Felipe, displicente, tocou em cima de Maxi - logo aos cinco minutos. O argentino não pensou duas vezes, tabelou com Escudero e fez seu oitavo gol no Campeonato Brasileiro, assumindo a artilharia isolada - até então dividida com William, da Ponte Preta.

Os números não deixavam dúvida: 22 passes errados do Flu contra dez do Vitória somente na etapa inicial. Em um dos lances, Leandro Euzébio deu um presente para o volante Cáceres. Maxi recebeu o passe e quase ampliou. Vanderlei Luxemburgo chamou Igor Julião e Gum na lateral do gramado para conversar e fechar os espaços na faixa direita da defesa. Mas quem teve de mexer foi o treinador do Leão. Com dores na perna direita, Escudero saiu para Renato Cajá entrar. Vaiado diante da Lusa, desta vez o meia ouviu gritos de apoio da torcida rubro-negra antes de entrar.

Ataque contra defesa

O segundo tempo parecia uma repetição do primeiro, não fossem os motivos diversos para todas as trocas terem sido efetuadas antes dos 25 minutos. Talvez por desgaste físico com a pressão exercida desde o início da partida, Caio Júnior passou a ver jogadores exaustos em campo. Danilo Tarracha atuava bem, mas por precaução, deixou o campo para a entrada de Mansur, caso parecido com Michel, que viu Edson Magal entrar.

Por outro lado, Vanderlei Luxemburgo precisava fazer alterações táticas para dar um jeito no time. Wagner foi o primeiro a sair. Kenedy entrou e Felipe passou a centralizar a armação das jogadas, mais avançado. Não adiantou muito. O passe não entrava. Então o camisa 16 deu lugar ao jovem Eduardo, de 20 anos; e Diguinho entrou no lugar do já amarelado Gum, agora suspenso para o Fla-Flu.

A partir daí começou o script de um time que se defendia em busca do contra-ataque mortal, e o adversário tentando de todas maneiras empatar e virar. Jean teve a chance clara, após passe de Fred. Parou nas mãos de Wilson. O goleiro ainda salvou outra de Fred. Até que Wilson falhou. Afastou mal uma cobrança de escanteio e o artilheiro estava no lugar certo para empatar. Estava no lugar certo também, aos 48 minutos, para mandar de cabeça no travessão. A bola insistiu em não entrar.

Fonte:Globoesporte.com