Dez anos depois, Lauro marca de novo sobre o Fla de novo e evita derrota da Lusa
O Flamengo tinha a vitória nas mãos até o último lance. Mas o goleiro Lauro foi para a área e salvou a Portuguesa da derrota, marcando de cabeça o gol de empate em 1 a 1 em Brasília. O camisa 1 do time paulista repetiu feito conseguido há pouco mais de dez anos, quando também igualou uma partida pelo mesmo placar contra o Rubro-Negro, jogando pela Ponte Preta, em Campinas, no dia 3 de agosto de 2003. O público pagante no estádio Mané Garrincha foi de 12.511 pessoas, com renda de R$ 694.060.
- Hoje faz dez anos que eu tinha feito um gol de cabeça contra o Flamengo, em 2003. Lembro que meu pai foi ver o jogo. Hoje foi um jogo semelhante, o jogador do Flamengo tentou tirar, e ela resvalou, como há dez anos. Fico muito feliz com isso, de poder ajudar a equipe, agora de uma maneira diferente. Fico feliz de estar colaborando - disse Lauro, confundindo-se com a data.O lateral João Paulo marcou o gol do Flamengo, em cobrança de pênalti sofrido por Hernane, que substituiu o lesionado Marcelo Moreno. O time de Mano Menezes segue sem conseguir vencer duas partidas seguidas no Brasileiro e ocupa a 13ª posição com 14 pontos. A Portuguesa continua na zona de rebaixamento, em 19º lugar, com nove pontos.
Na próxima rodada, as duas equipes terão duelos estaduais pela frente. No domingo, às 16h, o Flamengo enfrenta o Fluminense, no Maracanã, enquanto a Portuguesa joga contra o São Paulo, no Canindé, às 18h30m.
Luiz Antonio lamentou os dois pontos perdidos no fim, quando a Portuguesa já tinha um jogador a menos - Ferdinando foi expulso por acertar o cotovelo em Elias.
- Não é normal, era o último lance do jogo, sabíamos que não podíamos errar. Acabamos tomando o gol no fim. Não acontece muito, infelizmente aconteceu com a gente hoje, agora não adianta ficar lamentando muito. É levantar a cabeça que já tem jogo contra o Fluminense.
Elias comanda, e Hernane perde gol feito
Como já era de se esperar, o Flamengo começou tomando a iniciativa da partida, com a Portuguesa mais cautelosa. Nixon e Gabriel, em constante movimentação, tentavam abrir espaços, e a armação ficou sob responsabilidade de Elias. O volante tem sido o motor do meio-campo rubro-negro, e diante da Lusa não foi diferente. Em projeção, partindo em direção à área rival, criou as principais chances do time de Mano Menezes no primeiro tempo, como o lançamento perfeito para Hernane. O Brocador, no entanto, desperdiçou a chance de se consagrar. Chegou a driblar o goleiro Lauro, mas finalizou mal, para fora.
O Rubro-Negro teve domínio da posse de bola no primeiro tempo (71% a 29%) e, pouco antes, já havia criado outras duas chances. Sempre girando a bola à frente da área da Lusa, encontrou espaços pela direita. Primeiro Nixon chutou de curva, com perigo, e Lauro espalmou. Depois, o lateral-esquerdo João Paulo pegou um cruzamento no segundo pau e chutou forte, mas por cima da meta. A Lusa, então, resolveu sair. O habilidoso Cañete era o mais perigoso do time paulista, que esbarrava no erro do último passe para se aproximar do gol de Felipe. Com mais perigo, só em bola parada, em duas cobranças de falta de Souza. Em uma delas, Rogério cabeceou, e a bola raspou a trave.
Lauro repete feito histórico
A Portuguesa voltou do intervalo posicionada um pouco mais à frente e complicou a vida do Flamengo, que encontrou dificuldades em buscar espaços para criar jogadas. O time encaixou a marcação em Elias, e o Rubro-Negro diminuiu o ritmo. Ainda assim, a Lusa pouco incomodava no ataque. E o gol saiu justamente quando o jogo se equilibrava mais. Paulinho, que substituíra Nixon pouco antes, encontrou Hernane dentro da área, e o atacante foi derrubado por Ferdinando. Pênalti.
A torcida na arquibancada do Mané Garrincha pediu insistentemente o nome de Elias. A preocupação era grande. Afinal, o Rubro-Negro havia perdido as suas últimas três cobranças - Renato contra a Ponte Preta, Léo Moura em amistoso contra o São Paulo, e Marcelo Moreno contra o Coritiba. Em vez do volante, no entanto, foi João Paulo quem pegou a bola para bater. Com personalidade, o lateral cobrou firme, no alto, sem chances para Lauro.
A parceria entre Paulinho e Hernane ainda poderia ter rendido outro gol, mas o Brocador, depois de cortar bem para o meio, chutou fraco da entrada da área. Ao ser substituído, o atacante chegou a ouvir algumas vaias depois de passar em branco. No último lance do jogo, a Portuguesa teve escanteio a seu favor. E Lauro estava lá novamente, como há dez anos. O goleiro subiu mais que González e cabeceou forte. Léo Moura, em cima da linha, não conseguiu cortar, caiu dentro do gol com a bola, e a história estava escrita.
Fonte:Globoesporte.com
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